Obesidade: Quando o tratamento clínico deve dar lugar à cirurgia bariátrica

A obesidade é uma pandemia global que resulta de um desequilíbrio entre o consumo e o gasto calórico. O tratamento dessa condição é complexo e vai além da dieta e exercícios. Em alguns casos, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção viável para pacientes com obesidade grave. No entanto, a decisão de prosseguir com a cirurgia deve ser tomada com cuidado, considerando vários fatores e envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde.

A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35kg/m2 com comorbidades de alto risco cardiovascular, apneia do sono, doenças articulares degenerativas ou outras que não tenham tido sucesso no tratamento clínico. O procedimento também é indicado para pacientes com IMC abaixo de 35kg/m2, mas com diabetes tipo 2 mal controlada, chamada de cirurgia metabólica.

A cirurgia bariátrica pode ser realizada por meio de diferentes técnicas cirúrgicas, sendo o bypass gástrico e a gastrectomia vertical as mais utilizadas. As cirurgias realizadas por videolaparoscopia ou cirurgia robótica são técnicas minimamente invasivas que têm se mostrado eficazes.

No entanto, a cirurgia não é uma solução definitiva para a obesidade. É importante que o paciente entenda que ele precisará de acompanhamento multidisciplinar antes e depois de todo o processo. Isso inclui o envolvimento de endocrinologistas, nutricionistas e uma equipe de cirurgia bariátrica.

Após a cirurgia, o paciente passa por uma grande mudança na rotina alimentar e corporal. A capacidade de ingestão é reduzida, e os primeiros dias podem ser desafiadores até que a pessoa consiga conciliar nutrição e hidratação. A alimentação é inicialmente líquida, passando para pastosa ou branda, e só depois da liberação médica o paciente volta a se alimentar de produtos sólidos.

Em resumo, a cirurgia bariátrica é uma opção de tratamento eficaz para a obesidade grave, mas requer um compromisso de longo prazo com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular. A decisão de prosseguir com a cirurgia deve ser tomada em conjunto com uma equipe de profissionais de saúde experientes.

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