Brasil prepara diretrizes para diagnóstico precoce de câncer: Um passo rumo à detecção e tratamento mais eficientes

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou um estudo anual que estima 73.610 novos casos de câncer de mama em 2023. Este tipo de câncer é o mais incidente entre as mulheres e frequentemente passa por longos processos para diagnóstico e tratamento. Além disso, outros tipos de câncer, como o colorretal e o de colo do útero, também apresentam números alarmantes, com 23.660 e 17.010 novos casos estimados, respectivamente.

Mulheres entre 50 e 69 anos são especialmente aconselhadas a ter um monitoramento minucioso, preferencialmente a cada dois anos. No entanto, o INCA também recomenda que todas as mulheres, independentemente da idade, estejam atentas a alterações suspeitas nas mamas e outros fatores de risco, como histórico familiar e exposição à radioterapia antes dos 36 anos.

Dra. Mônica de Assis, Tecnologista do INCA/Ministério da Saúde, destaca que 17% dos 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil no último ano poderiam ter sido evitados por meio de hábitos saudáveis de vida. Ela também aponta a falta de uma diretriz nacional para mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama. Um evento recente promovido pelo FórumDCNTs motivou um debate no INCA para a elaboração de um documento técnico que possa servir como uma diretriz inicial para melhorar o cuidado com essas mulheres.

A saúde suplementar já possui uma diretriz para rastreio precoce do câncer de mama em mulheres com risco elevado, conforme informado pela Coordenadora da Agência Nacional de Saúde, Sra. Kátia Audi. No Distrito Federal, já estão sendo implementadas medidas para o rastreio e tratamento do câncer de mama, segundo Dr. Gustavo Ribas, Chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal.

Dr. Mark Barone, Coordenador Geral do FórumDCNTs, ressalta a importância de não deixar ninguém para trás e afirma que a saúde é um direito básico. Ele destaca que pessoas com alto risco para uma determinada doença devem ter acesso às orientações, diagnóstico e cuidados precocemente.

O aumento nos casos de câncer colorretal também é motivo de preocupação. Dra. Mônica de Assis e a Sra. Luciana Holtz, fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, veem a elaboração de uma diretriz para o rastreamento desse tipo de câncer como um grande avanço, especialmente considerando os recursos limitados e as grandes prioridades em oncologia.

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