Retinoblastoma: O alerta sobre o Tumor Ocular Infantil

O retinoblastoma, um tipo de câncer ocular, é o tumor ocular mais comum em crianças, representando cerca de 3% dos cânceres infantis. Anualmente, são registrados aproximadamente 400 casos, segundo dados do Ministério da Saúde.

A história de Benjamin, um garoto de dois anos, serve como um alerta sobre a doença. A descoberta de uma mancha no fundo dos olhos do menino levou a família a buscar informações e tratamento para o retinoblastoma, que, no caso de Benjamin, afetou ambos os olhos. A mãe de Benjamin, Daniele de Amarati Betiati, ressalta a importância do diagnóstico precoce, que pode aumentar em até 90% as chances de cura.

O teste do olhinho, realizado no primeiro mês de vida e repetido ao longo dos três primeiros anos, é fundamental para identificar a doença. O exame verifica reflexos nos olhos e pode detectar anormalidades, como a pupila branca (leucoria) ou a perda do reflexo, indicativos do retinoblastoma.

A campanha “De Olho Nos Olhinhos”, promovida pelos jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, busca conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce. A filha do casal, Lua, foi diagnosticada com retinoblastoma em um estágio avançado e está em tratamento.

O tratamento do retinoblastoma varia de acordo com o estágio da doença. Nos estágios iniciais, a radioterapia tem mostrado resultados promissores. O oftalmologista Marcelo Jordão Lopes da Silva, do Hospital das Clínicas da FMRP-USP, destaca que quanto mais precoce o diagnóstico, menores são os riscos de cegueira.

Benjamin, que é de Cascavel, Paraná, realiza tratamento no Hospital do GRAACC, em São Paulo. O garoto passa por quimioterapia intra-arterial e laser na retina. O procedimento intra-arterial, considerado minimamente invasivo, consiste em injetar medicação diretamente na artéria oftálmica, atuando diretamente no foco da doença.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informa que existem três tipos de retinoblastoma. A maioria (entre 60% e 75%) é do tipo unilateral. Apenas 15% dos casos são hereditários, mas nesses casos, há um risco maior de ocorrência do tipo bilateral. Há ainda o tipo trilateral, que afeta ambos os olhos e também células nervosas primitivas do cérebro.

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