A farmacêutica Novartis, após concluir o processo de spin-off da Sandoz, está otimista com seu novo direcionamento focado em medicamentos inovadores. Segundo informações da revista Isto É Dinheiro, a empresa antecipa um 2023 marcante em sua trajetória.
Renato Carvalho, CEO do laboratório no Brasil, expressou confiança na performance da companhia para este ano, descrevendo-a como “a melhor performance da história no país”. Este otimismo é alimentado pelo foco renovado em medicamentos inovadores, que tendem a gerar maiores retornos. Mesmo sem contar com a receita da Sandoz, a Novartis projeta alcançar uma receita de US$ 1 bilhão somente no Brasil, estabelecendo um marco nos seus 90 anos de atuação no país.
O mercado financeiro também reagiu positivamente à decisão da Novartis de separar as duas entidades. As ações de ambas as empresas registraram alta na SIX Swiss Exchange. Carvalho ressaltou que a divisão foi bem recebida pelo mercado, que percebeu que a combinação das duas empresas separadas pode ser mais valiosa do que quando estavam unidas.
Apesar da Sandoz representar 20% do faturamento global da Novartis, a empresa está otimista quanto à recuperação. A farmacêutica espera um crescimento anual entre 25% e 30% com seu novo foco, superando a perda da Sandoz em apenas um ano.
Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, vê a divisão como um fortalecimento para o mercado brasileiro. Ele acredita que essa movimentação trará mais investimentos ao Brasil, citando exemplos de outras empresas que tomaram decisões semelhantes e obtiveram resultados positivos.
Atualmente, 25% da receita da Novartis provém do setor público. Com a nova estratégia, a empresa planeja ampliar essa porcentagem. O objetivo é alinhar-se com sua missão de aumentar o acesso a medicamentos inovadores. Carvalho enfatiza que o verdadeiro sucesso para a Novartis é alcançar um número maior de pacientes, vendo o faturamento como uma consequência natural desse alcance.
A empresa tem investido pesadamente em pesquisa e desenvolvimento. A cada quatro anos, US$ 9 bilhões são investidos globalmente, dos quais US$ 1 bilhão é destinado ao Brasil. As principais áreas de foco da companhia incluem: Cardiovascular, Imunologia, Neurologia e Oncologia.
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