A discussão sobre o potencial terapêutico da cannabis, especialmente em relação ao câncer, tem ganhado cada vez mais atenção da grande mídia. Recentemente, o editorial da Folha de S. Paulo, intitulado “Semente Lançada”, sugeriu que os grandes veículos de mídia deveriam prestar mais atenção à cannabis como um tópico de saúde.
Um exemplo dessa mudança de postura é a abordagem do tema pelo renomado oncologista Fernando Maluf, durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura. Durante o programa, Maluf associou a cannabis a tratamentos do câncer, destacando que os médicos estão abertos a qualquer estratégia que realmente funcione e que seja respaldada por estudos científicos.
Maluf, que é conhecido por tratar celebridades como Celso Portiolli, Simony e Preta Gil, é membro do Comitê Executivo do Latin American Cooperative Oncology Group e Fellow do Memorial Sloan Kettering Cancer Center. Ele também ocupa cargos importantes no mercado da saúde, como Diretor Associado e Chefe da Oncologia Clínica na Associação Portuguesa de Beneficência/ SP, Membro Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein e Chefe do Departamento de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.
O uso da cannabis para aliviar as dores do tratamento do câncer pode oferecer benefícios significativos aos pacientes. Algumas pesquisas sugerem que os canabinoides podem ajudar a aliviar os sintomas associados à doença, como dor, náusea e perda de apetite, bem como melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A terapia canábica também pode auxiliar na dor neuropática, uma condição comum em pacientes com câncer, resultante de danos aos nervos causados pela doença ou pelos tratamentos. O CBD, um dos principais componentes da cannabis, possui propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir esse tipo de dor.
Além disso, estudos em laboratório têm demonstrado que os canabinoides podem ter propriedades anticancerígenas, o que significa que eles podem ajudar a prevenir o crescimento e a disseminação de células cancerosas. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender o uso de canabinoides no tratamento do câncer e seus efeitos a longo prazo.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição. A cannabis medicinal é uma realidade no Brasil e, com o devido acompanhamento médico, pode oferecer uma nova esperança para pacientes que lutam contra o câncer.
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