Um recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) trouxe dados alarmantes sobre a saúde cardiovascular dos brasileiros. Segundo o estudo, 45% dos adultos no Brasil sofrem de hipertensão, uma condição conhecida popularmente como pressão alta. A situação se agrava com o avanço da idade, atingindo metade dos brasileiros com mais de 30 anos. No entanto, apenas um terço desses indivíduos consegue controlar a doença efetivamente.
A hipertensão é uma condição silenciosa, e sua gravidade reside no fato de que apenas 10% dos afetados apresentam sintomas. As consequências da pressão alta vão além dos riscos cardíacos, como infarto. A doença também pode comprometer órgãos vitais como os rins e o cérebro, aumentando o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Pesquisas recentes ainda associam a hipertensão a problemas de memória e demência, devido à alteração na irrigação sanguínea.
Os especialistas enfatizam a importância de aferir a pressão arterial pelo menos uma vez ao ano com um profissional de saúde. Adotar essa prática pode prevenir até 365 mil mortes prematuras no Brasil até 2040. Em uma perspectiva global, o relatório da OMS indica que o número de hipertensos dobrou desde 1990, atingindo atualmente 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo.
Luiz Bortolotto, diretor da unidade de hipertensão do Instituto do Coração (Incor/SP), destaca a importância da prevenção. Ele recomenda a adoção de hábitos saudáveis, como reduzir o consumo de sal, evitar alimentos enlatados e embutidos, manter um peso saudável, praticar atividades físicas regularmente e gerenciar o estresse.
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